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Daily Archives: Outubro 28, 2011

Equivalents II, Goerge Legrady, 1993 [1]

Eternal objects are thus, in their nature, abstract. By ‘abstract’ I mean that what an eternal object is in itself – that is to say, its essence – is comprehensible without reference to some one particular occasion of experience. To be abstract is to transcend particular concrete occasions of actual happening. But to transcend an actual occasion does not mean being disconnected from it. On the contrary, I hold that each eternal ob­ject has its own proper connection with each, other such occasion, which I ·term its mode of ingression into that occasion. Thus an eternal object is to be compre­hended by acquaintance with its particular individuality, its general relationships to other eternal objects as apt for realisation in actual occasions, and the general principle which expresses its ingression, in particular actual occasions. [2]

Les Goldschlager e Andrew Lister definem algoritmo como “a descrição do método pelo qual uma tarefa deve ser realizada”, sendo “o conceito unificador de todas as actividades em que os cientistas da computação se envolvem”. [3] Um algoritmo é uma abstracção, é uma sequência de instruções para resolver um problema. A sua linguagem incorpora uma estrutura de comando que direciona a programação. Assim sendo, não existe computação sem algoritmos, e portanto, interactividade com os sistemas computacionais.
A formalização de um algoritmo tem como objectivo separar a expressão formal do conteúdo material. Foucault vê o algoritmo como um Statement, que, ao contrário da linguagem pura, não se refere apenas à sintática e à semântica de uma linguagem. Para Foucault o Statement não é apenas uma declaração ou uma proposição, mas sim uma rede de regras que ditam o que é significativo, sendo elas as condições prévias que dão significado às declarações/proposições. [4]
Sendo que o algoritmo requer um alto nível de abstracção, de modo a que possa ser aplicado a diferentes conteúdos, torna-se difícil fazer uma análise pragmática da sua linguagem. É difícil compreender o lugar do algoritmo num processo que se movimenta entre a máquina e o humano. Mas obviamente os algoritmos não trabalham sobre o vazio, trabalham sobre dados, e estes sim, são formais. Goffey diz que a análise de um algoritmo, do seu contexto cultural, pode ser vista como a crítica da abstracção, da desmaterialização. O algoritmo é “a personificação conceptual da racionalidade instrumental dentro de máquinas reais”. Mas por outro lado, os algoritmos contém algo que refuta a desumanização da abstracção: uma estrutura hierarquizada.

Algorithms act, but they do so as part of an ill-defined network of actions upon actions, part of a complex of power-knowledge relations, in which unintended consequences, like the side effects of a program’s behavior, can become critically important. Certainly the formal quality of the algorithm as a logically consistent construction bears with it an enormous power—particularly in a techno-scientific universe—but there is sufficient equivocation about the purely formal nature of this construct to allow us to understand that there is more to the algorithm than logically consistent form. [3]

[1] Equivalents II é uma instalação interactiva que explora o potencial do texto como fonte de criação de imagens orgânicas abstractas, através de um algoritmo. Os utilizadores são convidados a gerar as suas próprias imagens escrevendo frases à sua escolha. Ver projecto em http://www.georgelegrady.com/
[2] WHITEHEAD, Alfred North, Abstraction in Science and the Modern World, Pelican Mentor Books, EUA, 1948
[3] GOFFEY, Andrew, Algorithm in Software Studies, Matthew Fuller (editor), MIT Press, Massachusetts, 2008
[4] Ideia expressa em FOUCAULT, Michel, The Archaeology of Knowledge, Éditions Gallimard, França, 1969

Por: Sara Jóia Pires

Em 1993 Joan Heemskerk (Holandês) e Dirk Paesmas (Belga), durante o inicio do boom do .com, criaram o site jodi.org (wwwwwwwww.jodi.org). Com bases na fotografia e vídeo Arte. Estes dois artistas criaram um site que mais tarde veio a ser denominado de Web-site-como-obra-de-arte.

Jodi.org tem uma linguagem muito peculiar, que se traduz por texto verde encriptado, aglomerado de sinais de pontuação e de algarismos incompreensíveis sobre um fundo preto, que à primeira vista parece traduzir-se num erro do sistema ou mesmo uma página ainda em construção com o código html visível mas, se o utilizador conseguir visualizar o código html da página depara-se com a mensagem real que está a ser transmitida.[1]

”]

Neste código encontra-se ilustrado, em travessões e pontos entre tags html, um diagrama de uma bomba de hidrógenio como metáfora para explodir as expectativas acerca da Net como um meio.

Passando as páginas inicias o utilizador é confrontado com fragmentos de texto, imagens, animações com erro. Heemskerk e Paesmas remisturaram as imagens, textos, scripts html que foram surgindo e desenvolveram uma metodologia muito semelhante à dos artistas Dadaistas.

O “Erro” neste projecto é um elemento integrado pelos autores como uma exibição intencional de uma propriedade estética basilar da internet: o erro.

Os dois artistas exploraram uma tecnologia emergente com fins artístico, o que os levou a outro nível pois, marcaram uma mudança de paradigma, dando um novo significado à pagina Web, demonstrando que esta não era apenas um meio de informação mas podia ser também um meio artístico.

A apropriação do “erro” nesta obra pode ser interpretada como um ruído propositado, que traduz uma mensagem encriptada mas que muitos nunca vão desvendar.

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Palavras Chave:

Jodi.org; Erro; Web-site-como-obra-de-arte;

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Bibliografia:

Tribe, Mark; Jana, Reena; New Media Art; 2006

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Netgrafia:

wwwwwwwww.jodi.org

This message is related to the project SX12m and use of remix through contemporary art.

 

“The Golden Lion” price for Best Artist this year goes to Christian Marclay for his video collage. Recently he created a video named The Clock from thousands of edited fragments, from a vast range of films to create a 24-hour, single-channel video. While The Clock examines how time, plot and duration are depicted in cinema, the video is also a working timepiece that is synchronised to the local time zone. At any moment, the viewer can look at the work and use it to tell the time. It required the assembly of thousands of clips from movies and television series. “It took me three years to do,” says the author.”I wanted a part of day and another night.” Follow countless scenes containing watches and clocks of all kinds, all styles andall eras (the silent era to the present).

Over the past 30 years, Christian Marclay has explored the fusion of fine art and audio cultures, transforming sounds and music into a visible, physical form through performance, collage, sculpture, installation, photography and video.


Marclay began his exploration into sound and art through performances with turntables in 1979, while he was still a student. Early work includes a series of ‘Recycled Records’ (1980-86), fragmented and reassembled vinyl records that became hybrid objects that could be played, replete with abrupt leaps in tone and sound. For his ‘Body Mix’ series (1991-92), he stitched together album covers into works to create strange phantasms of music and culture – such as Deutsche Grammaphon conductors with the slender legs of Tina Turner – that bring to mind Surrealist ‘Exquisite Corpses’. This transformation of musical instruments or objects to create visual puns is an essential component of Marclay’s work.

por Catarina Dóris Carvalho

Este post continua a reflexão dos anteriores sobre o valor e função dos media na sociedade actual bem como os processos de comunicação e transmissão de mensagens.

A Escola Processual de Comunicação define a comunicação como a transmissão de uma mensagem e um modelo da mesma constituído por uma fonte que passa a informação a um transmissor que a coloca num canal sujeito a ruído que a leva posteriormente a um receptor que a passa a um destinatário; é um sistema linear e eficiente na sua função, aplicável também a problemáticas semânticas e pragmáticas da comunicação. [1]

O ruído mencionado no sistema leva-me a estabelecer o paralelismo para a obra “Silence: Lectures and Writings” de John Cage onde o autor afirma:

                “There is no such thing as an empty space or an empty time. There is always something to see, something to hear. In fact, try as we may to make a silence, we cannot.”

 John Cage [2]

No nosso quotidiano estamos rodeados de ruído por todo o lado os quais segundo John Cage nos perturbam se os ignorar-mos, mas podem tornar-se fascinantes se os ouvirmos. Nesta perspectiva, não há espaços vazios, ou tempo, ou silêncio. Um espaço quando o julgamos vazio está efectivamente cheio de ar, moléculas, átomos etc., formas que apesar de não visíveis ao olho nú ocupam a volumetria espacial. O mesmo acontece com o ruído/som e o silêncio: o segundo não existe porque o primeiro está sempre presente seja à nossa volta ou no nosso próprio interior. Um carro a passar na rua, uma máquina a trabalhar, o nosso coração a bater. Como o próprio autor afirma, até à nossa morte nunca ouviremos o silêncio total. [2]

A peça “4.33” da sua autoria consiste em três movimentos durante os quais não é tocada nenhuma nota e o conteúdo da composição é para ser interpretado pelos ouvintes como todo a ruído de ambiente que se produz durante a actuação. A peça transformou-se numa das mais controversas composições do Século XX.

They missed the point. There’s no such thing as silence. What they thought was silence, because they didn’t know how to listen, was full of accidental sounds. You could hear the wind stirring outside during the first movement. During the second, raindrops began pattering the roof, and during the third the people themselves made all kinds of interesting sounds as they talked or walked out.

 — John Cage speaking about the premiere of 4′33″. [3]

 Com os media, na era em que vivemos, o processo de “silêncio” é idêntico; Tal como nunca há silêncio, ausência de ruído total, também não há isolamento, alienação total, corte com a comunicação com o mundo pois há sempre uma ligação ao mesmo que não foi quebrada por um dos inúmeros dispositivos electrónicos que utilizamos hoje em dia, diariamente. O acesso a plataformas digitais essencialmente tornou-se um hábito intrincado do nosso quotidiano.

Onde está o “silêncio” na comunicação? Esta tem um carácter ininterrupto pois estamos constantemente a comunicar, a emitir mensagens codificadas cuja interpretação depende da capacidade dos receptores de decifrar os códigos. Este processo acontece quer tenhamos consciência disso ou não.

A comunicação define-se assim como um circuito fechado ininterrupto e sem momentos de “silêncio”.

 

Palavras-chave: Comunicação | Silêncio | Ruído | Código

Bibliografia:

 [1] FIDALGO, António, GRADIM, Anabela – Manual de Semiótica. Universidade da Beira Interior. S.d.

[2] CAGE, John – Silence: Lectures and Writings. Wesleyan University Press, 1961

[3] http://en.wikipedia.org/wiki/4%E2%80%B233%E2%80%B3

 

Sx12, por Inês Chambel, Inês Fortunato e Tomás Gouveia

Exterior do Pavilhão Philips, onde se encontrava a instalação "Poéme Electrique"

Interior do Pavilhão Phillips: instalação "Poéme Electrique"

Este projecto da autoria de Le Corbusier; Iannis Xenakis; Edgard Varèse, consiste numa instalação multimédia proposta pela empresa Philip’s com o intuito de demonstrar a excelênica da sua marca. Deste modo, pediu a Le Corbusier para desenhar o pavilhão, que estaria presente na Brussels World’s Fair de 1958.

«The Philips Pavilion presented a collage liturgy for twentieth-century humankind, dependent on electricity instead of daylight and on virtual perspectives in place of terrestrial views.» [1]

«Poème électronique», 1958, é o primeiro ambiente electrónico espacial a combinar arquitectura, filme, luz e música. Iannis Xenakis trabalhava na altura com Le Corbusier e acabou por desenhar o pavilhão assim como escrever a música para alguns espaços. Le Corbusier desenhou o interior e escolheu Edgar Varése para compôr a música para o espaço principal. Era uma instalação extremamente complexa com 350 alto-falantes, todo o typo de luxes, projectors de film e de slides, escultura. A música e arquitectura de Xenakis foi altamente influenciada pela matemática, especialmente pela formas parabolóides hiperbólicas. Com a ajuda de meios técnicos disponíveis no pavilhão, os sons eram gravados e como tal poderiam percorrer o espaço em rotas de alta complexidade.

É uma obra notável pela conjunção do todos os seus elementos, e um exemplo de experiência imersiva. Este projecto serviu de referência por um aspecto ainda pouco explorado, a arquitectura como factor de relevância na concepção de ambientes multimédia. Como tal, achámos importante indicar um projecto que levasse este factor em consideração.

NOTAS:

1. Marc Treib, “Space Calculated in Seconds”, Princeton, 1996, p. 3

REFERÊNCIAS

TREIB, Marc; “Space Calculated in Seconds”; Princeton, 1996;

http://www.medienkunstnetz.de/works/poeme-electronique/audio/1/

http://discorgy.wordpress.com/2008/08/04/varese-xenakis-le-corbusier-poeme-electronique-1958/ (visualização do interior da instalação)

The word “intermediate” meaning: “being or occurring at the middle place or between extremes”.

[…]

Intermedia is now being used to describe practices that, by contrast, can spread out in many directions; network-like, forming connections that create new entities rather than simply gluing existing things together or finding the middle ground. Its current usage seems to have a dynamic property, permitting overlapping boundaries, inclusiveness, integration and hybridization, and a state of evolution, not fixity.[1] 

Originalmente associado ao Fluxus (e especialmente ao trabalho do artista Dick Higgins nos anos 60), o conceito Intermedia surge para definir práticas/formas artística interdisciplinares que expressavam a vontade de explorar a utilização dos novos media e a diluição das próprias definições de cada um dos meios como elementos fechados. Neste contexto, Dick Higgins surge como precursor; rejeitava de todo as especificidades dos meios, explorando o hibridismo multimedia e multisensorial que resultava da coexistência e “fusão” de media. Daí também o carácter performativo dos projectos do Grupo Fluxus (como que num sentido de “Arte Total”)

Enquanto os novos media se focam na utilização experimental do computador e a sua inserção nas práticas artísticas, gráficas e comunicacionais, intermedia explora os territórios entre os novos media, que podem constituir-se para além destes. Intermedia refere-se à inclusão e/ou junção de um novo media com outro media (incluindo os media tradiionais), aliando frequentemente as possibilidades interactivas e de rede possibilitadas pelos meios digitais com áreas como a instalação, a fotografia, a dança, não enfatizando nenhum desses meios em si, mas o resultado/território comum ou entre eles que resulta dessa associação.

As práticas intermedia levantam assim questões do ponto de vista conceptual que se ligam aos binómios resultantes da justaposição de meios com características diferentes. Explora-se o território entre os meios, sem hierarquias, numa colaboração e exploração de interacções que salienta as passagens, os espaços e possibilidades entre os media.

A justaposição dos meios em si não se reduz no entanto a experimentações estéticas; o meio é a mensagem (McLuhan) e possui funções e implicações concretas na cultura e sociedade em que se insere (Anna Brzyski,2008). No entanto, a sua “miscigenação” pode gerar novas potencialidades comunicacionais, culturais e sociais, com características distintas das dos media utilizados. No campo da Arte, é nesse território que podemos inserir propostas do grupo FLUXUS (anos 60); no que toca ao estudo dos media, ainda que o conceito tenha sido explorado desde o final dos anos 60 (Experimental Intermedia e os Intermedia Events, Elain Summers, Nova Iorque) parece no entanto que o espaço Intermedia só foi considerado especificamente nesse “terceiro território” – que não constitui nenhum dos media entre os quais surge – nos anos 90, época em que também se começou a basear quase unicamente no electrónico e no digital.

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NOTAS:

1- Rachel Clarke, em Jornal of Digital and Media Arts;

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REFERÊNCIAS:

/ Arquivo FLUXUS:

http://www.artnotart.com/fluxus/archives.html

/ Experimental Intermedia Project:

http://experimentalintermedia.org/

/ HIGGINS, Dick (1979), A Child’s History of Fluxus, disponível em

http://www.artnotart.com/fluxus/dhiggins-childshistory.html

/ Journal of the New Media Caucus

http://median.shiftingplanes.org/index.php?f=intro

/ LUNENFELD, Peter, Media Design: new and improved without the new, disponível em

http://www.manovich.net/vis242_winter_2006/Lunenfeld_media_design.pdf

/ Media Art Net:

http://www.medienkunstnetz.de/

/
F _ L _ U _ X _ U _ S
They did “concerts” of everyday living; and they gave exhibitions of what they found, where they shared the things that they liked best with whoever would come.
Everything was itself, it wasn’t part of something bigger and fancier.
And the fancy people didn’t like this because it was all cheap and simple,
and nobody could make much money out of it.
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But these people were scattered all over the world. 
They sometimes knew about each other, but they didn’t see each other much or often.
And they spoke different languages and had different names for what they were doing, even when they were doing the same thing. 

It was all mixed up.

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Bom trabalho!

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Os presentes excertos foram retirados do site Art Not Art / FLUXUS e do texto A Child’s History of Fluxus (1979), de Dick Higgins.

O termo novos media refere-se no geral à digital media e consequentemente ao processo de remediação.

Bolter and Grusin definem new media segundo o termo remediação:

“We call the representation of one medium in another remediation and wewill argue that remediation is the defining characteristic of the new digitalmedia.” [1]

Todo o new media tem um passado chamado old media, sendo este livre de características tecnológicas. No entanto, na mutação para new media, esses antigos media adquiriram propriedades digitais através do processo de remediação.

Remediação é obrigatoriamente a ligação do passado com o presente, é a relação entre o old media e o new media. Por um lado, pode consistir na permanência das características antigas juntamente com novas. Por outro, pode ser a absorção de um meio pelo outro, isto é, a passagem de um media para um novo, como por exemplo, um jogo passar a filme e vice-versa, dá se então uma transmediação.

Bolter e Grusin argumentam que os novos media não são totalmente novos, uma vez que dependem dos seus antecessores para o contexto e significado. Hoje dia dia, se prestarmos atenção, encontraremos imensos casos de remediação à nossa volta, mas quando nos apercebemos das origens desses media, apercebemo-nos de como a remediação tem nas constantemente atualizado de acordo com os avanços da tecnologia. Pode-se então afirmar que os novos media prestam homenagem, rivalizando e remodelando medias antigos como pintura, fotografia, cinema e televisão. [1]

Este sistema tem rapidamente mudado o interesse do mercado para as novas tecnologias e o seu impacto tem causado um declínio de vendas dos antigos medias, porém estes continuam a ser vendidos uma vez que há quem os valorize. Esses medias tornam-se assim obsoletos, isto é, apesar de existirem versões actualizadas dos mesmos, não deixaram de existir.

O surgimento das tecnologias digitais, proporcionaram o aparecimento de novos sons e consequentemente de novos estilos no mundo da música. Assim, começou a aparecer o conceito de Remix, proporcionando a remediação na área musical. Esse conceito de Remix, expandiu-se para outras áreas culturais, criando um movimento que levantou algumas questões sobre direitos de autor. A Remix Culture vai no sentido em que, os novos media começaram a permitir uma maior participaçao dos seus utilizadores, que deixaram de ser receptores passivos e passaram a ser produtores ativos de conteúdo e informação. [2]

A remediação ao atuar sobre os media, permitiu uma evolução rápida e eficaz dos mesmos. Um exemplo disso, são as realidades virtuais como o Second Life, em que o utilizador navega em ambientes e vive situações que simulam vivências possíveis do real com o intuito de fazer o utilizador perder a noção de que está numa posição não real, deixando-se envolver ao ponto de esquecer o meio. Outro exemplo, são as sharing communities, como o youtube, em que o meio é realçado (o oposto do exemplo anterior), existindo assim uma mediação, a informação está a ser mediada por uma ferramenta. Concluíndo: o primeiro exemplo trata-se de uma imediação, isto é, é um estilo de representação visual cujo objectivo é fazer esquecer o espectador da presença do meio e acreditar que está na presença de objectos de representação; o segundo refere-se a uma hipermediação, que é o discurso de representação visual cujo objectivo é lembrar ao espectador o meio que ele usa para ver, sendo este um processo transparente, em que o usuário vê o que se passa. Tanto um como o outro conceito, são estratégias de mediação.

Nesta crise económica mundial, o lema é «reinventar-se ou morrer».

Apesar de no Post#2 ter abordado subtilmente estes assuntos com a minha colega Carolina Henriques, decidi criar este, com o intuito de aprofundar um pouco mais os conceitos e interligações que são a base de todos os meus Posts.

Bibliografia / Webgrafia

[1] Bolter, J.D., Grusin, R. (2000) Remediation, Understanding New Media

[2] http://remixtheory.net/

[3] http://en.wikipedia.org/wiki/New_media

[4] http://leticiaschinestsck.blogspot.com/2011/05/imediacao-e-hipermediacao.html

Like a collage, Batia Suter collected images/photographs from different publications of different horizon. She relieves them out of their context to assemble in facing each and establish a new dialogue between them.Only the formal enveloping shape of the image interest the artist.
So she class them by the simple criterion of their form.
Parallel Encyclopedia, a form encyclopedia is her first editorial object who illustrates this system.

Now, it’s with installations that Batia Suter said his action by allowing the support exist : the books are exposed as objects. Books are are confronted with themselves and mixed. Selected for their double pages they create a whole series around common forms such like : ‘Round Series’ and ‘Surface Series’

I dissect her work in 3 fundamental steps :
1. Choose, sample an existing image in tis native environment.
2. Digitize the printed image (in some works)
3. Confront, articulate, mix.
These three acts will crescendo in the reconstruction of a new discourse. For an evacuation of meaning.

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http://www.batiasuter.org/

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“(…)Today, Remix (the activity of taking samples from pre-existing materials to combine them into new forms according to personal taste) has been extended to other areas of culture, including the visual arts; it plays a vital role in mass communication, especially on the Internet.” sx12m

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Comme un collage, Batia Suter collecte des images/photographies provenant de livre existant et
d’horizon différent. Elle les décharge de leur contexte pour les assembler en vis à vis et nouer un nouveau dialogue entre elles. Seule la forme enveloppante formel qui se trouve dans l’image l’intéresse. Ainsi elle les classe par le simple critère de leur forme.
‘L’ Encyclopédie parallèle’, encyclopédie de forme est son premier objet éditorial qui illustre ce système.
Désormais, c’est à travers des installations que Batia Suter affirme son geste en laissant le support premier exister : les livres sont exposés en tant qu’objets. Ce sont les livres eux-mêmes qui se confrontent, qui se mixent entre eux. Sélectionnés pour leurs doubles pages ils créent ensemble des séries autour de formes communes telles que : ‘Round Series’, et ‘Surface Series’

J’examine/ je dissèque son travail en 3 gestes fondamentaux :
1. Choisir, prélever une image existante dans son environnement natif.
2. Numériser cette image imprimée. ( dans certains travaux )
3. Confronter, articuler, mixer

Ces 3 gestes vont crescendo dans la reconstruction d’un nouveau discours.
Par une évacuation du sens premier.

www.bluemonochrome.com

The work-line “Blue Monochrome” by Jan Robert Leegt is a multiple work.
So directly, it evokes of course the famous series of paintings of Yves Klein, the design is much more to Marcel Duchamp than any other artist.

This ready-made twenty-first century consists in fact of some minimal interventions of the artist, whose principal has been to give a title to his work, the remainder consisting of a series of actions that all of the web is used need to perform regularly.


And, above all “Blue Monochrome” is a domain name and that name is the only intervention “literary” of the artist. It defines both the title of the work – always present in the viewer’s browser window – and something perhaps more important, it requires the artist to pay for this work are free.

 

Then the action of Jan Robert Leegt limited integration into the page in the Google Maps API, carefully configured with coordinates (longitude and latitude) that had previously selected and we are planning somewhere middle of the Pacific Ocean.

Nothing that appears on bluemonochrome.com therefore belongs to the artist, who has also not remove the copyright information from Google and NASA, of the Project. And unlike many art digital and online, the code itself of the API is not an original creation. Like Marcel Duchamp and his readymades, the major artistic gesture Jan Robert Leegt has therefore been to point the finger at one component of our daily environment by combining a url to geographic coordinates.